segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Apresentação

Caro estudante,

Este blog tem um único objetivo: discutir o Conselho Universitário. Mas, pera aí, antes de qualquer coisa, será que os que lêem esse texto sabem o que é o tão famoso CUn?

Em breves palavras, então: você provavelmente já deve ter ouvido falar a respeito da grandiosa polêmica a respeito das fundações ligadas à UFSC. É também bastante provável que você já tenha tido alguma discussão calorosa entre seus amigos sobre a instituição das cotas na universidade. Além de, sem dúvida alguma, já ter ouvido de algum colega seu de esquerda no ano passado sobre um tal de REUNI, que você até lembra que é grave mas não tem muita certeza do que é.

O que convém perguntar, no entanto, é se você, leitor, sabe onde são feitas as escolhas da UFSC a respeito desses temas. Quem decide instituir as cotas na UFSC? Quem aprova a atuação de fundações na nossa universidade? Será que o magnífico Reitor, com todo o seu arsenal de pró-reitores, decide sobre essas decisões numa canetada? A resposta é não. É justamente para essas e outras que existe o nosso tal de Conselho Universitário. Lá, professores, estudantes e servidores (esses dois últimos, não por acaso, com representação muito menor que a primeira categoria) se reuniriam para decidir "democraticamente" sobre os rumos de nossa universidade.

A estranheza e desconhecimento inicial da maioria se justificam por uma série de motivos: a degradação natural do espaço por administrações passadas; a pouca influencia da bancada estudantil nos rumos do conselho; além da por nós considerada mais grave: a pouca consideração por parte dos estudantes conselheiros na atuação deste espaço. Poucos são os discentes que sabem da existência do conselho, e os poucos que o conhecem nunca receberam sequer um breve relatório a respeito das reuniões e últimas decisões tomadas.

É para mudar esse histórico que a atual representação estudantil pretende estrear uma nova forma de interação entre representantes e representados. Já é hora da comunidade estudantil da UFSC ter um vínculo direto ao que acontece no órgão máximo deliberativo da universidade. Não é pelo fato de nossa representação ser reduzida (apenas 6 num universo de mais de 40 conselheiros), que devemos abdicar desse valioso espaço político.

Desta forma, a atual Representação Discente se propõe a contrapor à atual realidade de desleixo com o conselho através de relatos, discussões e avisos prévios das mais diversas reuniões do CUn. É preciso que se crie no meio estudantil um clima de discussão a respeito dos rumos de nossa universidade, para que possamos superar a mera posição de espectadores para a condição de sujeitos ativos de nossa própria realidade universitária. É esse o grande objetivo desse espaço.

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